Capítulo 1712
Capítulo 1712
Capítulo 1712
Ninguém foi buscar Kira de carro, então ela teve que pegar um táxi da escola e correr para a casa da família Henrique, onde só conseguiu desembarcar na entrada do bairro nobre. De lá, ainda teve que caminhar bastante até chegar à mansão dos Henrique. Ccontent © exclusive by Nô/vel(D)ra/ma.Org.
A casa estava repleta de gente; todos os parentes próximos e amigos da família Henrique, bem como os pais de Kira, estavam presentes.
Kira foi a última a chegar.
Assim que entrou no jardim, ouviu alguém dizer: “Azar!”
Ela buscou a fonte da voz e percebeu alguns olhares fixos nela, mas não conseguiu identificar quem havia falado.
Desde a morte precoce do filho, o pai de Flávio estava com a saúde debilitada, e apesar de o acontecimento não ter relação alguma com Kira, ainda assim havia quem lhe atribuísse a culpa.
Assim como antes tentaram culpar Flávio pela morte de seu pai. Felizmente, Flávio era forte e não se deixou abalar.
Kira abriu a boca para se defender, mas levando em consideração a ocasião, decidiu permanecer calada.
Bárbara se aproximou, puxando Kira pelo braço: “Por que você demorou tanto?”
Até seus pais, que moravam no sul do país, já estavam presentes.
Kira realmente não tinha uma boa desculpa para a demora. O incidente havia ocorrido dois dias atrás, e todos pareciam ter esquecido dela, não avisando-la. A família Henrique manteve a notícia em segredo, sem deixar que a mídia soubesse, então não houve cobertura jornalística.
Foi apenas através da ligação de Bárbara que Kira ficou sabendo do ocorrido.
“Assim que recebi a ligação, não parei um segundo sequer e vim correndo” – disse Kira.
Em um canto isolado, Bárbara pressionou o dedo na testa de Kira com força, deixando marcas vermelhas: “Você é inútil. Está na Capital da Cidade há meses e ainda não progrediu em nada.”
Kira sentiu dor e tentou se esquivar, mas Bárbara a beliscou fortemente na cintura: “Estou falando contigo, não me ignore.”
“Mas hoje é o funeral do pai de Flávio, não deveríamos ter um pouco mais de respeito?” – indagou Kira.
“Você acha que pode me assustar com a família Henrique? Não se faça de desentendida, sei muito bem que Flávio nem chegou perto de você, então para de encenação” – repreendeu Bárbara.
Kira preferiu não dar atenção a ela.
Elas estavam na casa da família Henrique, cercadas por muitas pessoas, então Bárbara não ousou fazer mais nada. “Depois eu resolvo isso contigo. Por agora, venha comigo.”
Kira a seguiu automaticamente.
Bárbara a levou até o mordomo e mudou sua expressão instantaneamente: “Mordomo, minha querida Kira chegou. Será que você pode providenciar para que ela fique ao lado de Flávio no velório?”
Após a morte de Cesar, Flávio tornou-se o único filho a suportar a perda, vestindo-se de luto e se ajoelhando na capela para receber todos os visitantes que vinham prestar suas homenagens.
Como noiva de Flávio, Kira, seguindo os costumes locais, deveria se ajoelhar ao lado dele para velar pelo pai
de Flávio.
Não se sabe se a família Henrique estava tão atarefada que se esqueceu da existência de Kira, ou se havia outro motivo, mas eles nem sequer a comunicaram sobre a morte do pai de seu esposo.
Muito menos acompanhar Flavio na cerimônia de luto
Mordomo não tinha coragem de tomar suas próprias decisões em uma questão tão importante. O senhor estava tão ansioso que ficou de cama, e quem mandava na casa agora era o ramo secundário da família
Henrique
O mestre Henrique tinha três filhos ao todo. O mais velho faleceu, e o segundo tinha grandes chances de herdar os negócios da familia. Por isso, para garantir bons dias no futuro, o mordomo certamente precisava agradar as pessoas do segundo ramo com antecedência.
O mordomo olhou inconscientemente para Victor Henrique e, para sua surpresa, o olhar do outro estava exatamente voltado para eles, como se estivesse esperando que ele fizesse o relatório.
O mordomo apressou-se em se aproximar, com todo o respeito e disse: “Sr. Victor, o que o senhor acha que devemos fazer com a Senhora Kira?”